A chuva não vai te esperar, rapaz.
Hoje é dia de ler a noite inteira sozinho.
A roupa desbotada esquenta o teu corpo de
homem
E mata aos poucos um corpo pálido cheio de um
mal-me-quer.
Não existe desperdício quando a alma se
contenta,
Não há namoradinhos que me rodeiam na praça
abandonada.
Acalma-te nos meus braços, porque te quero.
Não chores por maldade se te faço rir.
Chamas-me de bela e não queres que eu ame a
ti?
Se te atraio, por que não vens na
velocidade que o desejo te oferece?
Se te encantam meus ares, minha boca, e meu
sorriso,
Eles são todos teus, meu amor!
Feche os olhos para o que não te agrada e
me fantasiarei de tua mulher.
Deixe-me beijar-te num sábado vazio,
numa sala qualquer.
Escuta, amor! A carne fala o silêncio que a gente ouve,